Não achei que fosse tão conhecido assim mas já consumi todos o gêneros citados e mds, o paralelo com porno é real, em certo momento sem perceber eu já tinha favoritado "atrizes", canais, tons de voz, ambientes, roleplays, instrumentos, assuntos e tudo em inglês e espanhol pois em PTBR eu crinjo.
Hj em dia é só deixar uma aula da faculdade rodando que eu durmo em 3 minutos.
eu amo um asmr que é uma gatinha (literalmente) recebendo tratamentos de spa da sua dona coreana. Ela tem toda uma lore de miss gatinha, e eu amo ver a gatinha ronronando e deixando a dona pegar na barriguinha dela (meu gato não me permite isso)
Você escreveu o texto que eu queria escrever! Já estava com alguma coisa escrita sobre ASMR mas fiquei receosa em dar continuidade por pura vergonha, então faço meu ponto aqui nos comentários: como meus asmr favoritos são os roleplays (médicos, cabeleireiros, limpeza de pele, etc) acredito que tem muito a ver com uma reminiscência do "brincar" da infância, aquela reprodução desinteressada de uma prática, sem motivo nenhum a não ser concentração e relaxamento :)
O único ASMR que me interessa é o de pessoas fazendo journaling no Instagram, decorando páginas de cadernos vintage com toda sorte de figurinhas, adesivos, pedacinhos de papel e washi tapes feitos exclusivamente para esse fim absolutamente estético. Adoro os sons de papel alisado, rasgado, dobrado. O que me ajudou a superar um pouco desse vício (chegava a ficar horas vendo esses vídeos antes de dormir) foi começar a fazer meus próprios diários de coisinhas coladas. O que a princípio foi frustrante, porque eu não tinha uma tesoura de bronze com formato de beija-flor ou um baúzinho de couro que acomodasse perfeitamente os infinitos adesivos de borboletas coloridas - menos ainda tais adesivos luxuosos. Mas aos poucos fui descobrindo o prazer de usar meus próprios recursos para criar minhas páginas decoradas cujo único objetivo é me agradar visualmente ou registrar uma memória, um momento, uma ideia. Talvez o caminho para viver seja não esperar convite para entrar na festa, mas entrar de penetra mesmo e agir como se não fosse. E uma coisa que ainda é grátis e batata pra curar a solidão é conversar com os amigos - não deixe de tentar.
Não sei se configura ASMR, mas seu texto me lembrou a minha experiência de testar o ruído branco para concentração. Inicialmente achei bizarro, odiei o som, odiei a necessidade de algo assim, achei praticamente ofensiva a sugestão e absurda a ideia de gostar daquilo, até que eu tentei de novo umas vezes e achei o ruído branco certo para mim e fui muito feliz com ele. Tem um tempo que não passamos momentos juntos, mas sei que vou voltar pra ele quando for a hora.
Thaís, acredito que essas coisas são verdadeiramente terapêuticas, em certa medida. O "Om" da meditação é assim por um motivo específico para o cérebro. Acredito até no efeito da cromoterapia sobre os ânimos. Então não condeno o princípio. Mas me preocupa a forma como a internet transforma isso em negócio e o deturpa de n maneiras. Então mande ver no ruído branco!
E o autocuidado é o nicho do momento, já que praticamente todo mundo está com a cabeça meio fora do lugar e a própria ideia de mérito passou a se relacionar até com nossos hábitos mais mundanos.
Texto bacana, e dei risadas. Percebi que um de meus ASMR (nem sabia que era isso) favoritos são ver carpinteiros japoneses criando móveis sem cola ou parafuso, só na arte dos encaixes (sashimono).
ASMR de leitura também me dá raiva! Muuiiita raiva! 😂 (que bom não estar sozinha)
Vídeo de gente estourando cravo e espinha e desencravando unha é o que me relaxa mesmo - e já acho bizarro o suficiente. Agora esses gêneros novos (pra mim) de AMSR me surpreenderam, viu? Na ingenuidade eu achava que era só leitura e som mesmo hahaha
Esse canal, em específico, é muito bem produzido. Acho a atriz competente. Com os vídeos dela ensinando francês dá até para aprender algo. Mas nada supera uma leitura antes de dormir.
Um amigo tava comentando recente sobre o costume dele de ver esses vídeos. Confesso que eles mais me irritam do que relaxam… Mas entendo o apelo que cada um pode ter sua loucurinha e que na internet terá mais uma infinidade de loucurinhas vizinhas pra gente mergulhar. Espero que em breve nao se sinta tão só e obrigada pelo texto!
Eu que agradeço pela leitura. O que mais me espanta (e não deveria) é como até as loucurinhas viram negócio na internet. De resto, estou trabalhando naquilo que posso: eu mesmo. Um abraço!
Não achei que fosse tão conhecido assim mas já consumi todos o gêneros citados e mds, o paralelo com porno é real, em certo momento sem perceber eu já tinha favoritado "atrizes", canais, tons de voz, ambientes, roleplays, instrumentos, assuntos e tudo em inglês e espanhol pois em PTBR eu crinjo.
Hj em dia é só deixar uma aula da faculdade rodando que eu durmo em 3 minutos.
Tem professores que seriam ótimos hipnotistas.
eu amo um asmr que é uma gatinha (literalmente) recebendo tratamentos de spa da sua dona coreana. Ela tem toda uma lore de miss gatinha, e eu amo ver a gatinha ronronando e deixando a dona pegar na barriguinha dela (meu gato não me permite isso)
Amo gatos! Acho que já vi essa madame felina sim.
Você escreveu o texto que eu queria escrever! Já estava com alguma coisa escrita sobre ASMR mas fiquei receosa em dar continuidade por pura vergonha, então faço meu ponto aqui nos comentários: como meus asmr favoritos são os roleplays (médicos, cabeleireiros, limpeza de pele, etc) acredito que tem muito a ver com uma reminiscência do "brincar" da infância, aquela reprodução desinteressada de uma prática, sem motivo nenhum a não ser concentração e relaxamento :)
Stephannie, escreva! Fiquei intrigado com o desenvolvimento dessa ideia e gostaria de ver mais a respeito.
Excelente!
O único ASMR que me interessa é o de pessoas fazendo journaling no Instagram, decorando páginas de cadernos vintage com toda sorte de figurinhas, adesivos, pedacinhos de papel e washi tapes feitos exclusivamente para esse fim absolutamente estético. Adoro os sons de papel alisado, rasgado, dobrado. O que me ajudou a superar um pouco desse vício (chegava a ficar horas vendo esses vídeos antes de dormir) foi começar a fazer meus próprios diários de coisinhas coladas. O que a princípio foi frustrante, porque eu não tinha uma tesoura de bronze com formato de beija-flor ou um baúzinho de couro que acomodasse perfeitamente os infinitos adesivos de borboletas coloridas - menos ainda tais adesivos luxuosos. Mas aos poucos fui descobrindo o prazer de usar meus próprios recursos para criar minhas páginas decoradas cujo único objetivo é me agradar visualmente ou registrar uma memória, um momento, uma ideia. Talvez o caminho para viver seja não esperar convite para entrar na festa, mas entrar de penetra mesmo e agir como se não fosse. E uma coisa que ainda é grátis e batata pra curar a solidão é conversar com os amigos - não deixe de tentar.
Fazer, independentemente do resultado ou das condições disponíveis, me parece mais saudável que ver os outros fazendo.
Quando não consigo dormir, vejo vídeos de podologia. Unhas difíceis e voz mansa. Kkk
Não sei se configura ASMR, mas seu texto me lembrou a minha experiência de testar o ruído branco para concentração. Inicialmente achei bizarro, odiei o som, odiei a necessidade de algo assim, achei praticamente ofensiva a sugestão e absurda a ideia de gostar daquilo, até que eu tentei de novo umas vezes e achei o ruído branco certo para mim e fui muito feliz com ele. Tem um tempo que não passamos momentos juntos, mas sei que vou voltar pra ele quando for a hora.
Thaís, acredito que essas coisas são verdadeiramente terapêuticas, em certa medida. O "Om" da meditação é assim por um motivo específico para o cérebro. Acredito até no efeito da cromoterapia sobre os ânimos. Então não condeno o princípio. Mas me preocupa a forma como a internet transforma isso em negócio e o deturpa de n maneiras. Então mande ver no ruído branco!
Tudo vira produto, né?
E o autocuidado é o nicho do momento, já que praticamente todo mundo está com a cabeça meio fora do lugar e a própria ideia de mérito passou a se relacionar até com nossos hábitos mais mundanos.
Ah, que legal! Obrigada 🩷
Muito obrigada pela indicação, Christian 💚 Fico feliz que nosso trabalho esteja voando por aí 🥰
Parabéns pelo lindo trabalho!
Minha filha colocava muitos vídeos de asmr, mas agora já passou a onda rsrsrss
Ô glória! Tem cura! haha
não fazia ideia de que há tantas categorias de asmr assim…
Tem mais, eu que não quis me estender.
Texto bacana, e dei risadas. Percebi que um de meus ASMR (nem sabia que era isso) favoritos são ver carpinteiros japoneses criando móveis sem cola ou parafuso, só na arte dos encaixes (sashimono).
O Japão é terra fértil para ASMR porque tem essa tradição de fazer as coisas com calma, quase meditativamente.
ASMR de leitura também me dá raiva! Muuiiita raiva! 😂 (que bom não estar sozinha)
Vídeo de gente estourando cravo e espinha e desencravando unha é o que me relaxa mesmo - e já acho bizarro o suficiente. Agora esses gêneros novos (pra mim) de AMSR me surpreenderam, viu? Na ingenuidade eu achava que era só leitura e som mesmo hahaha
Essas coisas de mexer com a pele me dão agonia, fico embrulhado do estômago, rs. Mas, sim, tem para todos os gostos.
Amo o Moonlight Cottage rs
Já fui dependente de asmr, mas hoje em dia a melatonina e o kindle resolvem.
Esse canal, em específico, é muito bem produzido. Acho a atriz competente. Com os vídeos dela ensinando francês dá até para aprender algo. Mas nada supera uma leitura antes de dormir.
Variei do riso à reflexão angustiada nessa edição (e fiquei assombrada com os gêneros de ASMR, que eu sequer fazia ideia de que existiam)
E tem mais! Fiz uma seleção enxuta para não alongar muito. Tem trend, collab e os caralhos a quatro.
Um amigo tava comentando recente sobre o costume dele de ver esses vídeos. Confesso que eles mais me irritam do que relaxam… Mas entendo o apelo que cada um pode ter sua loucurinha e que na internet terá mais uma infinidade de loucurinhas vizinhas pra gente mergulhar. Espero que em breve nao se sinta tão só e obrigada pelo texto!
Eu que agradeço pela leitura. O que mais me espanta (e não deveria) é como até as loucurinhas viram negócio na internet. De resto, estou trabalhando naquilo que posso: eu mesmo. Um abraço!